Nascida na Holanda, em 1965, Diana teve sorte de nascer em um país com sistemas de educação e de saúde gratuitos de qualidade. Sua criação, entretanto, estava longe de um mar de rosas. Traumas físicos e emocionais, além de abuso sexual, marcaram sua infância. Ela recebeu, involuntariamente, conhecimento do impacto negativo que o trauma pode ter nas suas habilidades de aprendizado. Como resultado, ela desenvolveu ao longo da vida empatia para com jovens que passaram por eventos semelhantes.

Lentamente Diana processou e curou seus traumas. Estudou para um diploma de Bacharelado em Gestão de Recursos Humanos antes de completar um mestrado em Administração de Negócios. Sua carreira se desenvolveu no campo da Gestão de Recursos Humanos e sempre focou na Estratégia de Desenvolvimento Humano. *Os dois, bacharelado e mestrado, completados na Holanda e Oriente Médio.*

Em 2010, Diana se mudou para o Brasil com seu marido, Gerard Lenting, onde ela esperava satisfazer seu desejo por trabalhar com os membros desprivilegiados da sociedade. Em 2011, todavia, veio um outro choque: Diana foi diagnosticada com câncer e sua vida virou de ponta cabeça. Suas chances de sobrevivência ao diagnóstico da doença fatal eram incertos. Felizmente, os resultados eventualmente se tornaram negativos e hoje ela pode dizer que é, também, uma sobrevivente do câncer.

O diagnóstico de câncer de Diana certamente mudou a sua vida. Quando ela e Gerard vieram para o Rio de Janeiro, já em 2012, ela sentiu uma determinação ainda maior para fazer mais e contribuir mais. Sabendo que o sistema de educação holandês trouxe diversas oportunidades para sua vida, ela queria levar os benefícios do aprendizado para aqueles sem acesso a educação de qualidade. Ela subsequentemente se tornou uma voluntária de um número de ONGs nas favelas do Rio, adquirindo experiência de como eles funcionam, o que eles fazem e o que faz a diferença de verdade.

Viver em condições de dificuldade tem um efeito profundo nas crenças e vidas dessa juventude. Conflitos armados frequentes significam que as crianças podem ter dificuldade em distinguir segurança e insegurança. Pobreza, abuso sexual, insegurança alimentar, e instabilidade familiar são fatores que causam grande taxa de estresse para as crianças do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. Tudo isso impacta tanto no seu comportamento quanto nas capacidades de aprendizado. Trauma e estresse podem alterar as funções cerebrais de uma pessoa jovem, impedindo o aprendizado, causando problemas comportamentais e, muitas vezes, iniciando um ciclo de violência.

Diana começou a estudar essa área e teve sorte de conhecer a principal treinadora da Disciplina Positiva, Glenda Montgomery. Ela imediatamente viu os potenciais benefícios de um ambiente de aprendizado democrático criado pela Disciplina Positiva. Com o apoio de Glenda, ela virou uma treinadora certificada da Disciplina Positiva para pais e educadores.

Diana colocou esse treinamento em ação desenvolvendo um programa pós-aula para uma das ONGs que ela estava voluntariando em 2014. No mesmo ano, ela tomou conhecimento da metodologia de ensino que havia sido desenvolvida para auxiliar estudantes com traumas vivendo em áreas conflituosas do Brasil: UERÊ. Combinado com a Disciplina Positiva, um método novo foi criado para ajudar corretamente os estudantes.

Dois anos depois, surgiu um desejo profundo de providenciar ainda mais oportunidades na educação. Depois de conversas com outra ONG, Solar Meninos de Luz, Diana se voluntariou e a imagem se formou: era preciso levar para as comunidades do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo um programa pós-aula. Mas não somente isso: as crianças precisavam de oportunidades para desenvolver habilidades essenciais no mundo moderno, como uma boa conversação em inglês e entendimento de Web e Game Design. Antes de tudo, contudo, eles também precisam de ajuda para processar seus traumas e desenvolver seu aprendizado socioemocional. Sem isso, seu potencial acadêmico seria bloqueado e não teria total proveito.

Curto Prazo

O objetivo da Diana é que EduMais  monte seus programas em pelo menos uma outra favela até 2022. Uma forte parceria, como a que o EduMais têm hoje com o Solar Meninos de Luz, deverá ser feita. Este é um requerimento para uma operação de sucesso nas favelas.

Longo Prazo

O sonho de Diana para o EduMais é ter sua própria escola independente de educação complementar até 2026. Essa escola terá os mesmos princípios que EduMais segue atualmente: desenvolver um aprendizado socioemocional junto de uma educação acadêmica e física.  O foco é providenciar um programa completo de educação complementar para ajudar o desenvolvimento dos estudantes em situação de vulnerabilidade nas escolas públicas. Nos ajude a tornar esse sonho em realidade!

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